O presidente Luiz Inácio Lula da Silva reafirmou, nesta terça-feira (16), que não haverá cortes no salário mínimo, mesmo diante dos bloqueios no orçamento anunciados pelo Ministro da Fazenda, Fernando Haddad. Em entrevista à TV Record, Lula destacou a importância de distribuir equitativamente a riqueza do país.

"Quando falam sobre desvincular o salário mínimo da Previdência Social, é um absurdo. O mínimo já é o menor valor possível. Reduzi-lo seria injusto. Nossa política é ajustar o salário mínimo conforme a inflação e o crescimento do PIB. Se o PIB crescer 6% em dois anos, esse percentual será adicionado à reposição inflacionária," explicou Lula.

Além disso, o presidente celebrou os recentes avanços econômicos do Brasil, que superaram as expectativas do mercado. Ele criticou a alta taxa de juros mantida pelo Banco Central, afirmando que os números da economia estão sob controle, com crescimento acima do previsto e inflação estabilizada.

Lula também destacou a criação de 2,5 milhões de empregos em um ano e sete meses e o aumento de 11,7% na massa salarial. Ele reafirmou seu compromisso de isentar do Imposto de Renda aqueles que ganham até R$ 5 mil por mês, ressaltando que o país está vivendo um momento econômico positivo, com 24 milhões de pessoas retiradas da fome.

Questionado sobre a meta de déficit zero para 2024, Lula enfatizou que o crescimento econômico sustentável é prioritário. Ele prometeu criar um ambiente de estabilidade jurídica, fiscal, econômica e social, garantindo previsibilidade para o Brasil.