Trabalhadores da Bahiagás, empresa de economia mista controlada pelo Governo do Estado, paralisaram suas atividades em diversas unidades da Bahia nesta quinta-feira (8). A mobilização é uma resposta à estagnação das negociações da Campanha Salarial deste ano, que vem se arrastando sem avanços desde abril. Entre as cidades afetadas pela paralisação estão Salvador, Feira de Santana, Jequié, Itabuna e Mucuri.

O Sindiquímica Bahia, sindicato que representa os trabalhadores da Bahiagás, lidera o movimento e reivindica um reajuste salarial real, ou seja, acima da inflação. Segundo Alfredo Santos Junior, diretor do Sindiquímica Bahia e da Central Única dos Trabalhadores (CUT Bahia), a demanda é justa considerando que 90% das categorias no país tiveram ganhos reais em seus salários, com aumentos médios de 1% a 2%.

Alfredo Santos Junior enfatiza que os trabalhadores da Bahiagás desempenham um papel crucial para a manutenção da empresa como uma entidade pública, resistindo às tentativas de privatização. “Os trabalhadores não apenas construíram essa empresa como também contribuíram para impedir sua privatização, mantendo-a como um ativo importante para a economia da Bahia. É inaceitável que esses mesmos trabalhadores não sejam reconhecidos com um reajuste salarial que preserve seu poder de compra”, afirma.

A paralisação reflete o descontentamento generalizado entre os trabalhadores, que, segundo Alfredo, têm enfrentado uma perda significativa no poder de compra devido à inflação. Ele ressalta a importância de um avanço nas negociações para garantir que os empregados cresçam junto com a empresa, que comemora 30 anos de atividades.

O movimento sindical espera que a paralisação leve a direção da Bahiagás a reconsiderar sua postura e avançar nas propostas salariais. Caso contrário, os trabalhadores poderão continuar com ações mais intensas, a fim de pressionar por um desfecho favorável na Campanha Salarial.

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